sábado, 20 de outubro de 2012


Dia Nacional da Juventude (DNJ)

Juventude e sonhos são duas palavras inseparáveis. Quando as diversas juventudes, nas suas realidades específicas, unirem os gritos pela concretização dos seus sonhos, o mundo pode ter novas esperanças. Não há como não acreditar na vitalidade e no entusiasmo dos jovens.
O Dia Nacional da Juventude (DNJ) quer exatamente que os sonhos juvenis não sejam sonhados sós. Jovens se organizando e adultos acreditando neles produzirão novos raios de vida para a sociedade. Assim, cada vez que passarmos pelo último domingo de outubro daremos mais um passo em direção a um novo mundo possível.

O que os jovens pensam da sua juventude?
Dinâmica para ouvir os jovens sobre eles mesmos.
Objetivo: ouvir o que os jovens têm a dizer sobre sua juventude.
O que há de bom em ser jovem e o que não é tão bom; como pensa que deveria ser esta fase da vida e o que pode ser feito para torná-la melhor?

Músicas

Problema Social (Seu Jorge)

Música sobre exclusão social
Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
Nem o bom menino que vendeu limão
Trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que nem conhecia a famosa Funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
Seria um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam de pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social.

Para conversar:

- As oportunidades que as pessoas têm na vida, influenciam suas escolhas?
- Você conhece experiências em que as pessoas puderam crescer devido às oportunidades que tiveram?     
- Que realidades influenciam para que jovens se envolvam na criminalidade?
- Quando falamos em ações afirmativas, o que é preciso considerar?

Formas de religiosidade

Percebemos a manifestação, de uma maneira silenciosa, das angústias, indagações, do desejo de responder às suas inquietações como também o de ser reconhecido pela sociedade. Mesmo que para isso abdique de alguns ou muitos valores éticos, morais, religiosos, recebidos pela família, escola e a própria comunidade religiosa.
De mudança em mudança, de tempo em tempo, temos uma juventude carregada de responsabilidade diante da vida (estudo, trabalho, lazer, consumo, entre outras). Mas será que há um espaço para o sagrado? Como se configura a sua religiosidade, hoje?


Há na sociedade uma espécie de selfservice diversificado e atraente, que convida o jovem a experimentar várias religiões, fazendo com que ele consuma apenas o que lhe parece significativo e que atenda às necessidades imediatas. Forma assim uma identidade religiosa sincrética. O ser humano busca sacralizar objetos, lugares e diversos outros elementos, como uma espécie de homenagem e gratidão e, ao mesmo tempo, para que o transcendente seja lembrado e adorado. Procura, através de amuletos, estrelas, duendes, imagens de anjos e santos resolver os problemas pessoais de forma rápida, dando um sentido à sua vida.
Trazendo em sua história pessoal a identidade religiosa familiar, o jovem, muitas vezes, questiona as regras de instituições como a família, a escola e a igreja. Justamente as instituições em que ele mais confia e que mais respeita. Não satisfeito com sua tradição religiosa, procura outras que atendam às suas necessidades existenciais.
Essa necessidade de busca pela divindade faz com que criemos imagens desse ser que julgamos superior a todos os outros seres. Não criamos apenas imagens, mas práticas religiosas que acreditamos serem os meios de nos manter diretamente ligados ao transcendente. Temos então, por um lado, uma juventude que acredita ser a religião importante e que com ela se chega mais fácil ao transcendente e, portanto, participam das missas, cultos, eventos de igrejas, grupos de jovens. Encontramos também jovens que acreditam em Deus, porém não seguem nenhuma tradição religiosa.
Segundo as Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista - 2006, há outros elementos relevantes sobre a religiosidade juvenil: “As religiões são fontes de sentido e colaboram de forma decisiva na constituição de sua identidade e de sua visão de mundo; as igrejas possibilitam a reunião de jovens em grupos, constituindo lugares de agregação social e de exercício da cidadania. Muitos jovens saídos desses grupos religiosos têm colaborado de forma decisiva para a sociedade, inserindo-se em partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais e associações”.
Contudo não podemos fechar os olhos diante de outra realidade. Há uma pluralidade quanto ao universo religioso juvenil e isto nos desafia a compreender este cenário e descobrir ações pedagógicas e pastorais a fim de contribuir com o jovem na busca de seu ser humano e, sobretudo, o ser divino.

Sandra Michelluzzi Biazotto professora de Ensino Religioso no Colégio Marista São Luís, de Jaraguá do Sul, SC. zmbiazotto@yahoo.com.br

Texto publicado no jornal Mundo Jovem, edição nº 405, abril de 2010, página 21.

Questões para Debate:

·         1 - Os jovens, entre nós, têm fé em Deus? Como manifestam isso?
2 - Por que os jovens, em geral, não simpatizam com as formas tradicionais de manifestação da religiosidade?
3 - Qual é o sentido da fé para os jovens?

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